Descubra quanto custa viver como estudante na Andaluzia: salário mínimo, aluguel e mais
Ser estudante na Andaluzia é o objetivo de muitos que desejam unir ensino de qualidade, clima agradável e uma experiência cultural marcante. A região, composta por cidades como Sevilha, Granada, Málaga e Córdoba, é conhecida por oferecer uma excelente infraestrutura universitária e um custo de vida mais acessível em comparação com outros destinos da Espanha.
Mas quanto realmente custa viver por lá? E será que o salário mínimo espanhol é suficiente para sustentar um estudante? Neste blog, vamos mergulhar nesses números e mostrar o que esperar ao planejar sua vida acadêmica no sul da Espanha.
Salário mínimo na Espanha
Em 2025, o governo espanhol fixou o Salário Mínimo Interprofesional (SMI) em 1.184 € brutos por mês, pagos em 14 parcelas anuais. Isso equivale a um total de 16.576 € por ano, um aumento em relação a 2024 que acompanha o avanço da inflação e o custo de vida no país.
No entanto, esse valor é bruto, ou seja, após descontos de impostos e contribuições para a Segurança Social, o salário líquido costuma girar em torno de 1.050 € a 1.100 € mensais, dependendo do tipo de contrato e da carga horária.
Para um estudante na Andaluzia, essa informação é essencial. Muitos universitários conseguem empregos de meio período em cafés, lojas ou como auxiliares administrativos, recebendo proporcionalmente ao SMI.
Trabalhar 20 horas semanais, por exemplo, pode render cerca de 550 € a 600 € líquidos por mês, o que ajuda, mas dificilmente cobre todos os gastos sozinho. Por isso, equilibrar trabalho e estudo requer planejamento e, em muitos casos, apoio familiar ou um planejamento financeiro prévio, capaz de custear as despesas durante os estudos.
Moradia e alimentação: o peso maior do orçamento
Entre todos os gastos, a moradia é de longe o mais significativo para quem vive fora do país. Em cidades andaluzas, os preços variam bastante: em Granada e Córdoba, é possível encontrar quartos em apartamentos compartilhados a partir de 250 €, enquanto em Sevilha ou Málaga esse valor sobe para 350 € ou mais.
Em 2025, o aluguel médio de um quarto em Málaga, por exemplo, ficou em torno de 425 €, segundo a Cadena Ser, refletindo o aumento da procura por parte de estudantes e trabalhadores estrangeiros.
Já um pequeno estúdio privativo costuma custar entre 600 € e 900 €, sem contar as contas de luz, água e internet, que podem adicionar de 70 € a 100 € mensais.
Na alimentação, cozinhar em casa é a chave para economizar. Com 150 € a 250 € por mês é possível manter uma dieta equilibrada, aproveitando os mercados locais e os descontos nos supermercados.
Comer fora, porém, encarece rapidamente o orçamento: uma refeição simples em restaurante custa em média 12 €. Planejar refeições e dividir gastos com colegas é uma estratégia comum e eficaz entre os estudantes.
Transporte, lazer e custos extras do dia a dia
A boa notícia para quem será estudante na Andaluzia é que o transporte público na região oferece grandes descontos para jovens. A Tarjeta Joven de Transporte, disponível para residentes com menos de 30 anos, reduz o preço das viagens em até 50%.
Em Sevilha, por exemplo, um passe mensal com esse benefício pode custar apenas 25 €, enquanto em outras cidades andaluzas o custo gira em torno de 20 € a 35 €. Isso facilita a mobilidade sem comprometer o orçamento, especialmente para quem precisa se deslocar entre casa, universidade e trabalho.
Já o lazer e as despesas pessoais variam bastante conforme o estilo de vida. Andaluzia é uma região ensolarada, onde eventos culturais, festivais e passeios ao ar livre são constantes, e, muitas vezes, gratuitos.
Ainda assim, é recomendável reservar cerca de 100 € a 200 € por mês para atividades sociais, compras e cuidados pessoais.
Quando somamos alimentação, transporte e moradia, o custo médio de vida de um estudante pode girar entre €650 e €1.100 mensais, dependendo da cidade e do estilo de vida escolhido.
Planejamento, estudos e o apoio do Migra
Viver como estudante na Andaluzia vai muito além de se adaptar à cultura local; é preciso também uma preparação acadêmica sólida.
Muitos brasileiros que chegam à Espanha para cursar a graduação precisaram enfrentar as provas de acesso às universidades espanholas, como a PCE (Pruebas de Competencias Específicas), que determinam o sucesso na conquista do curso desejado.
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